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Olá visitante!
A arte e a cultura da cidade de São Miguel do Gostoso está presente desde sua fundação em 1884, quando existia um senhor que gostava de contar histórias engraçadas e dar gargalhadas "gostosas" atraindo a atenção de todos que passavam pelo povoado.
Este senhor ficou conhecido como "Seu Gostoso" e mesmo sem ter consciência do que estava fazendo, já divertia a todos com suas histórias e gargalhadas, trazendo entretenimento ao povo. O nome "Gostoso" da cidade é uma homenagem feita à ele.
Hoje existem grupos em várias vertentes da arte que fortalecem a cultura local através do teatro, música e dança, onde jovens e idosos tem a oportunidade de compartilhar conhecimentos que são transmitidos de geração a geração, mantendo assim a identidade artístico cultural da cidade.
Agora você está convidado a conhecer um pouco da arte e cultura de São Miguel do Gostoso através de fotos, vídeos e histórias.
Seja bem-vindo!

sábado, 14 de julho de 2012

Livro sobre São Miguel do Gostoso/RN

No dia 01º de fevereiro de 2002 foi lançado o primeiro livro sobre São Miguel do Gostoso intitulado “São Miguel do Gostoso – Um município construído a muitas mãos e uma história contada a muitas vozes”.  Este livro foi escrito a partir de relatos dos alunos da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Básico  do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e organizado por Wilson Honorato Aragão, realizado em convênio com a Prefeitura de São Miguel do Gostoso. Os relatos contidos no livro mostram a realidade de um município recém emancipado, onde destaca-se a abordagem do contexto histórico do município.

Abaixo segue o link para download do Livro:


domingo, 1 de julho de 2012

Música - Marcos Antônio

Marcos Antônio é um músico que faz parte do cenário musical de São Miguel do Gostoso. Desde cedo demonstrava aptidão musical e através de seu teclado participou de vários grupos musicais da região.  Marco Açoite como é conhecido, já integrou o ministério de música da igreja, onde teve a oportunidade de transmitir o seu conhecimento musical, ensinando técnicas de teclado a vários meninos. A experiência em participar de diversos grupos musicais fez com que em 2004, ele garimpasse músicos locais para montar sua própria banda, o Forrozão Arroxado, que tem como característica apresentar em seu repertório várias vertentes do forró. Mateus Eduardo, filho de Marcos segue os passos do pai e o acompanha em sua banda como percussionista mostrando que a herança musical é forte dentro da família.

sábado, 23 de junho de 2012

Música - Cocorote com suco de Cajú

A ideia de formar uma banda baile completa em São Miguel do Gostoso já vinha de muito tempo, mas no ano de 2002, essa ideia se concretizou devido a disposição e a coragem de um grupo de meninos  que formaram  a banda com um nome curioso: "Cocorote com suco de Cajú".
A banda começou como uma brincadeira, mas a empolgação a cada ensaio e a vontade de alcançar novos patamares fizeram com que a molecada construísse  uma história musical divertida, onde o que interessava era o prazer de tocar juntos. Foram apenas alguns shows, mas a Cocorote com suco de Cajú fez história no cenário musical de São Miguel do Gostoso.

Conheça um pouco mais sobre a Cocorote acessando:

Capelinha de Melão

A capelinha-de-melão é um pequeno auto do Rio Grande do Norte, com cânticos pastoris e danças, realizado na noite de São João. 
Acompanhado por orquestra de violão, rabeca e clarineta solista (atualmente incluem-se sanfona e pandeiro), um grupo de moças, em número par, exibe-se num tablado ao ar livre, com roupas e sapatos brancos, tendo à cabeça uma capelinha de flores de melão-de-são-caetano, em torno de um diadema enfeitado com papel crespo. 
Cada dançarina possui uma tira larga de cetim (hoje substituído por papel crepom), vermelho ou azul, que, partindo do ombro esquerdo, termina por um grande laço na cintura direita. Estão elas divididas em duas alas, entre as quais caminha a Diana, figura clássica, com faixas azul e vermelha entrecruzadas no busto. 
As participantes cantam e dançam, tendo à mão uma lanterninha com vela acesa e uma bandeirola com a efígie do santo. Depois que sobem ao palco-tablado, deixam as lanternas, mas continuam segurando as bandeirinhas. 
O bailado tem de oito a dez partes, com coreografia e cantos próprios, terminando todas com o estribilho: “Capelinha de melão / é de São João, / é de cravo, é de rosa, / é de manjericão” — que também é canto dos foliões da capela. 
No fim da última parte, duas dançarinas retiram o diadema da cabeça e, substituindo-o por panos enfeitados com moedinhas de papelão dourado ou canutilhos, assumem aspecto de ciganas (hoje substituídas por baianas): com uma bandeja na mão, percorrem a platéia masculina pedindo esmolas, ao som de um canto, respondido em coro pelas que permaneceram no tablado. 
Em São Miguel do Gostoso desde o meado de 2009 uma equipe da AMJUS (Associação de Meio Ambiente, Cultura e Justiça Social) vem desenvolvendo um projeto de pesquisa que tem como objetivo a investigação e descrição da dança Capelinha de Melão através de entrevistas junto a antigas dançarinas e moradoras da cidade de Gostoso. O projeto está sendo coordenado por Rafaela Dones da Silva, estudante de Pedagogia, juntamente com Francisco dos Anjos Cardoso, pedagogo, e Daniele Dones da Silva, ingressando no curso de História/UERN.
Em entrevista, Dona Maria Neri, contou que a Capelinha era, antigamente, um grande atrativo para a população, dançavam horas e não faltavam pessoas para assistir as apresentações, os rapazes até aproveitavam para flertar com as meninas do grupo. Diz ainda, que hoje as pessoas esquecem o que é bom e que os pais, muitas vezes ensinam coisas de pouco valor para os filhos. Segundo ela, o folguedo existiu em Gostoso por muitos anos e era passado de geração para geração até cair no esquecimento.
Atualmente, com o material da pesquisa organizado, a diretoria da AMJUS se articula para fazer a gravação da música em mídia digital e a equipe de trabalho do projeto já dá início às atividades de devolução da Capelinha para a comunidade de São Miguel do Gostoso através do trabalho educacional com adolescentes. 


Fontes:
Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
Tribuna do Norte

Ong AMJUS - Trabalhando pela Cultura

A AMJUS (Associação de Meio Ambiente, Cultura e Justiça Social) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, com sede na cidade de São Miguel do Gostoso, Estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, fundada em 26 de janeiro de 2009.
Surgiu a partir de um pequeno movimento de jovens em defesa da cultura, do desenvolvimento sustentável e dos direitos da criança e do adolescente com vistas à inserção do público juvenil nos mais diferentes espaços de participação social. É um grupo de estudantes e profissionais voluntários.
A AMJUS se dedica às suas atividades por meio de execução direta de projetos, programas ou planos de ação e se propõe a prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações não governamentais sem fins lucrativos ou a órgãos do poder público que atuam em áreas afins.
A AMJUS é uma instituição de interesse público, não se vincula a nenhum partido político, ou organização religiosa , respeitando a pluralidade cultural, étnica e a equidade de gênero.
Para saber mais sobre o trabalho da Ong AMJUS, acesse:

Espaço Cultural TEAR

Tear significa tecer a trama, os fios da rede do pescador e da rede de dormir, tecer tem a ver com fazer e tecer a trama da vida.O ESPAÇO TEAR é um centro de cultural e de cidadania do COLETIVO DE DIREITOS HUMANOS ECOLOGIA CULTURA E CIDADANIA - CHEC que atua - sem distinção de raça, credo, sexo, orientação política - em São Miguel do Gostoso, litoral nordestino brasileiro, com o objetivo de por meio de oficinas de artes, de cursos profissionalizantes e de formação, promover cada vez mais protagonistas sociais, autonomia comunitária e uma atitude pessoal de auto estima emocional, financeira e empreendedorismo. O carro chefe é o Grupo de Teatro "Nós na Rua" e as oficinas de música, dança, arte circense, criação de textos e revistas, rodas de leitura, cirandas, boi de reis, pastoril, informática, pedreiro, bombeiro hidraúlico e eletricistas, além do curso de direitos humanos e cidadania. O CDHEC foi aprovado recentemente como PONTO DE CULTURA um projeto do Governo Federal em parceria com o a Fundação José Augusto onde ampliará todas as oficinas de artes já existente, além da criação de novas. 


Para saber mais sobre trabalho realizado pela equipe do espaço TEAR, acesse:

Música - Dedé de Chico Cândido

Quando nasceu, em 1945, o fi lho de Francisco Cândido recebeu o nome de José Cândido da Silva. Em pouco tempo ganhou o apelido de Dedé de Chico Cândido, como é mais conhecido. O apelido, que foi adotado como nome artístico, tem o adjetivo “cândido” por causa do nome próprio do pai. Mas já nos primeiros cinco minutos de conversa com Dedé, fica a impressão de que a palavra caracteriza sua simplicidade e timidez.
O sanfoneiro, com 43 anos de música, economiza muito nas palavras para falar, mas para tocar sanfona não tem enfado. Seu primeiro instrumento foi de 80 baixos, que ele comprou sem saber tocar, juntando seu sacrificado dinheiro ganho no roçado e na feira. Dedé tinha 18 anos e diz que não teve professor: “O dom foi Deus quem me deu”, conta o sanfoneiro, que não sabe ler partituras e da língua portuguesa assina somente seu nome.
Para aprender a manusear o instrumento, Dedé usa a audição e a concentração. “Toco de ouvido”, conta ele,para explicar que primeiro escuta a melodia depois a reproduz com a sanfona. No comecinho de tudo, sua família era a principal platéia, depois estendeu para os amigos e diz que “agora a vergonha desapareceu mais”.
Tanto que já tocou em Ponta Negra. Entre as músicas preferidas pelo sanfoneiro estão os forrós de Luiz Gonzaga. Seu público sempre pede “as mais antigas”. E mesmo cândido como Dedé aparenta ser, se estiver com o domínio da sanfona, o forró se sobressai.


Fonte: Revista Preá


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Artesanato - Elvira Neri

Elvira Neri
Na fachada da casa simples, uma placa pintada à mão anuncia que ali mora Elvira (Néri) Artesã. Ela aprendeu a fazer seu artesanato no ano 2000. Segundo a artista, natural de Gostoso, uma cooperativa chegou à cidade e formou um grupo de 17 alunos interessados em aprenderaquela arte. Ela foi a única a persistir no aprendizado. Suas obras são quase todas produzidas a partir de materiais naturais, encontrados em Gostoso. Fibras de coqueiro e pequenas conchas do mar são os principais, que se transformam em bolsas, abajures e outras luminárias, cortinas e várias formas decorativas, que Elvira põe à venda em lojas da própria cidade onde mora. Ela conta que em 2003 foi convidada para mostrar seu trabalho na França, numa feira de artesanato, mas preferiu mandar apenas as peças. Conversando com a artesã é fácil notar o quanto sua simplicidade é forte. Provavelmente o ingrediente principal para garantir o toque rústico à sua arte.


Fonte: Revista Preá

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cenário Musical

Olga Amara e Felipe Victor
Dedé de Chico Candido
O cenário musical de São Miguel do Gostoso é formado por muitos talentos e vem desde o forró de sanfona tocado décadas atrás com Seu Saturnino passando pela sanfona de Seu Dedé de Chico Cândido, Cocorote com Suco de Cajú, Marcos Assoite e o Forrozão Arroxado, Dedé de Malária e o Forró Késhow, a banda pop rock Substância Zero e talentos individuais com Olga Amara e Felipe Victor.
Forrozão Arroxado
Veja um vídeo em homenagem à São Miguel do Gostoso da banda Substância Zero:


O Pastoril

O pastoril é uma dança folclórica que conta a história do nascimento de Jesus Cristo. O nome do folguedo deriva da palavra "pastor", em alusão a missão do menino Jesus que veio pregar o Evangelho. A dança segue os ritmos do samba, da marcha e da valsa. Os personagens do pastoril são: A Diana, O velho Venove, a Mestre, A contramestre, a Libertina, a Flora, a Camponesa, a Rainha, a Estrela, a Borboleta e as Pastoras. Todos se dividem nos cordões Azul e Vermelho.
O pastoril existe em São Miguel do Gostoso desde 1940. Naquela época, os grupos que dançavam o pastoril começavam os ensaios com dois ou três meses antes das apresentações, para terem bons resultados. Ao terminar os ensaios, sempre se realizavam bailes com o objetivo de arrecadar dinheiro para a confecção das roupas, de cestas e até mesmo para a ornamentação do palco, no qual ocorreriam as apresentações.
As apresentações oficiais se realizavam durante o mês de junho, na semana das festividades do São João, mas às vezes elas se prolongavam até a última semana do mês e o início de julho, período das festividades do São Pedro.
Embaladas por mais de dez canções, tocadas por um sanfoneiro e cantadas pelo grupo, o folguedo começa com a Diana e o velho Venove se posicionando a frente do grupo de pastoras, enquanto os cordões azul e vermelho se apresentam em filas, lado a lado.
A formação era a seguinte: o cordão vermelho formado pelo Mestre, a Rainha, a Estrela, a Borboleta e as Pastoras. O cordão azul com a Contramestre, a Libertina, a Flora, a Camponesa e as Pastoras. A quantidade de pastoras era definida pelo fundador do grupo. Quando o pastoril se apresentava completo, a dança era chamada de "jornada", que o Velho oferecia a um espectador e este tinha de pagar a dança. Também existia as "partes". realizadas por um único cordão, tudo a pedido dos espectadores que pagavam a esse capricho.
Nos anos cinquenta, existiam 2 grupos de dança de pastoril em São Miguel do Gostoso. Um deles chamava-se Cruzeirista e o outro com o título de Rozeirista.
O pastoril, assim cmo outras manifestações culturais de São Miguel do Gostoso, atraía muitos jovens que aprendiam com entusiasmo e tinham grande interesse em se apresentar. A cultura naquele tempo era a única diversão, enquanto hoje existem inúmeros atrativos para os jovens, que os distanciam das manifestações folclóricas que constituem suas raízes, histórias e origem cultural.
Atualmente o grupo de pastoril tem se renovado com oficinas realizadas para o fortalecimento desta manifestação artística, apresentado-se em eventos culturais realizados durante o ano na cidade.


fonte: Revista Guajirú

O Boi de Reis

Criado em São Miguel do Gostoso, aproximadamente em 1940, o grupo local de Boi de Reis, assim como o Bumba-meu-boi, atraia e ainda atrai muitas pessoas. Pela qualidade e animação, o grupo era convidado para fazer apresentações em cidades vizinhas e chegou a se apresentar em Natal.
A estrutura de manutenção do Boi de Reis é simples. Depois da apresentação, a pessoa que convidou o grupo faz tipo uma rodada de chapéu e recolhe dinheiro para pagar aos representantes do grupo, os "brincantes". A dança no entanto, no início era complexa e tão prolongada que chegava a durar quase um dia. Hoje, já não dura nem quarenta e cinco minutos.
Com música e dança tocada por violinos, triângulos e zabumbas (também entra a sanfona) os personagens e os outros brincantes se divertem à beça. As roupas eram improvisadas: camisas de chita, a calça de um tecido verde com pequenas listras brancas, chapéu de palha e as espadas feitas a partir de uma planta que era cortada por um dos componentes, todas elas coloridas com fitas.
No Boi de Reis se reza, se brinca e se dança às vistas dos Reis do Oriente: Gaspar, Belchior e Baltazar, respectivamente representados pelos mestre, contramestre e um dos galantes. Os antigos dançarinos estão passando a sua experiência para os jovens que queiram aprender a dança através de oficinas realizadas por dois mestres (José Marciano Gomes e Luiz Tenório), para que essa arte seja mantida de geração a geração.


Personagens do Boi de Reis de Gostoso:


O boi: personagem principal. O boi é todo vestido de chita (um estilo de tecido colorido por flores). Com espelhos para enfeitá-lo.
Birico: O birico é um rapaz como rosto pintado, usando roupas que aparentam ser velhas e sujas, faz careta e anima os espectadores.
Mateu: Rapaz que usa uma máscara, usando camisa de mangas longas.
Mestre: Usa roupas iguais a dos galantes, mas usa o apito para mandar parar e mandar começar a música, ficnado na frente para puxar os galantes na dança.
Contramestre: Fica na frente, assim como o mestre, e também usa as mesmas roupas dos galantes e do mestre.
Galantes: Rapazes que seguem o mestre ajudando nas músicas. Usam roupas coloridas, enfeitadas com fitas coloridas, chapéus e espadas usadas para a dança.
Nanã: A nanã é um brincante vestido de mulher. ela dança e todos que a assistem riem muito.
Jaraguá: Boneco grande que com sua grande boca assusta o espectador quando ela abre e fecha.
Burrinha: Trata-se de um cavalinho ou de um burrinho pequeno, com um furo no centro onde entra o brincante. A burrinha fica pendurada nos ombros do brincante por tiras similares a suspensórios.
Diabo: Homem com roupas pretas e chifres.

fonte: Revista Guajirú