Quando nasceu, em 1945, o fi lho de Francisco Cândido recebeu o nome de José Cândido da Silva. Em pouco tempo ganhou o apelido de Dedé de Chico Cândido, como é mais conhecido. O apelido, que foi adotado como nome artístico, tem o adjetivo “cândido” por causa do nome próprio do pai. Mas já nos primeiros cinco minutos de conversa com Dedé, fica a impressão de que a palavra caracteriza sua simplicidade e timidez.
O sanfoneiro, com 43 anos de música, economiza muito nas palavras para falar, mas para tocar sanfona não tem enfado. Seu primeiro instrumento foi de 80 baixos, que ele comprou sem saber tocar, juntando seu sacrificado dinheiro ganho no roçado e na feira. Dedé tinha 18 anos e diz que não teve professor: “O dom foi Deus quem me deu”, conta o sanfoneiro, que não sabe ler partituras e da língua portuguesa assina somente seu nome.
Para aprender a manusear o instrumento, Dedé usa a audição e a concentração. “Toco de ouvido”, conta ele,para explicar que primeiro escuta a melodia depois a reproduz com a sanfona. No comecinho de tudo, sua família era a principal platéia, depois estendeu para os amigos e diz que “agora a vergonha desapareceu mais”.
Tanto que já tocou em Ponta Negra. Entre as músicas preferidas pelo sanfoneiro estão os forrós de Luiz Gonzaga. Seu público sempre pede “as mais antigas”. E mesmo cândido como Dedé aparenta ser, se estiver com o domínio da sanfona, o forró se sobressai.
Fonte: Revista Preá
Fonte: Revista Preá
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